segunda-feira, 12 de abril de 2010

Autor do mês (Abril de 2010) - Nuno Júdice

Nuno Júdice nasceu em Mexilhoeira Grande (distrito de Faro) a 29 de Abril de
1949 e é um ensaísta, poeta, ficcionista e professor universitário português. É
um dos nomes mais importantes da poesia portuguesa da actualidade.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa e obteve o
grau de Doutor pela Universidade Nova, onde é Professor Catedrático, tendo
apresentado, em 1989, uma dissertação sobre Literatura Medieval. Foi
Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal e Director do Instituto
Camões em Paris, publicou antologias, edições de crítica literária, estudos

sobre Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa e mantém uma colaboração regular na
imprensa nacional. Como divulgador da literatura portuguesa do século XX, lançou, em 1993,
Voyage dans uns siècle de littérature portuguaise, obra destinada à difusão dos autores portugueses do século XX no estrangeiro. Foi o responsável pela organização da Semana Europeia da Poesia, no âmbito da Lisboa '94 -Capital Europeia da Cultura.
Poeta e ficcionista, a sua estreia literária deu-se com A noção de poema (1972). Em 1985 recebeu o Prémio Pen Clube, tendo-lhe sido atribuído o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus em 1990. Em 1994 a Associação Portuguesa de Escritores distinguiu-o pela publicação de Meditação sobre ruínas, obra finalista do Prémio Europeu de Literatura Aristeion. Assinou ainda obras para teatro e traduziu autores fundamentais da literatura ocidental, como Corneille e Emily Dickinson.
Foi director da revista literária Tabacaria, editada pela Casa Fernando Pessoa, e Comissário para a área da Literatura da representação portuguesa à 49.ª edição da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha. Tem obras traduzidas em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra e
França.

Bibliografia

Da obra de Nuno Júdice, destacam-se os seguintes volumes de poesia: A noção de poema (1972); O pavão sonoro (1972); Crítica doméstica dos paralelepípedos (1973); As inumeráveis
águas (1974); O mecanismo romântico da fragmentação (1975); Nos braços da exígualuz
(1976); O corte na ênfase (1978); Plâncton (1981); Adágio (1984); Lira de líquen (1985); As regras da perspectiva (1990); Uma sequência de Outubro (1991) ; A roseira de espinho (1994);
Meditação sobre ruínas (1995); As máscaras do poema (1998); Vésperas de sombra (1998); Teoria geral do sentimento (1999); Cartografia de emoções (2002); Pedro lembrando Inês (2002); O estado dos campos (2003); A matéria do poema (2008); Guia de conceitos básicos
(2010).