Agora a "Nau Catrineta" cantada por Fausto...
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quarta-feira, 16 de março de 2011
A Nau Catrineta
No âmbito do trabalho efectuado nas aulas de Língua Portuguesa do 5º ano, foi lançado um desafio aos alunos no sentido de proceder à cópia de uma versão da Nau Catrineta, existente no nosso manual. Um dos alunos que nos enviou o trabalho foi o José Teixeira. Será que deu algum erro ortográfico ou de acentuação em alguma das estrofes ?
Prof. Adilton Albano
Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito muito que contar!
Ouvide agora, senhores,
Uma história de pasmar.
Passava mais de ano e dia
Que iam na volta do mar,
Já não tinham que comer,
Já tinham que manjar.
Deitaram sola de molho
Para o outro dia jantar;
Mas a sola era tão rija,
Que a não puderam tragar.
Deitaram sortes à aventura
Qual se havia de matar;
Logo foi cair a sorte
No capitão-general
-«Sobe,sobe,marujinho,
Áquele mastro real,
Vê se vês terras de Espanha,
As praias de Portugal!»
-«Não vejo terras de Espanha,
Nem praias de Portugal;
Vejo sete espadas nuas
Que estão para te matar.»
-«Acima,acima,gajeiro,
Acima ao tope real!
Olha se enxergas Espanha,
Areias de Portugal!»
-«Alvíssaras,capitão,
Meu capitão-general!
Já vejo terras de Espanha,
Areias de Portugal.
Mais enxergo três meninas,
Debaixo de um laranjal:
Uma sentada a coser,
Outra na roca a fiar, ´
A mais formosa de todas
Está no meio a chorar»
-«Todas três são minhas filhas,
Oh! Quem mas dera abraçar
A mais formosa de todas
Contigo a hei-de casar.»
-«A Vossa filha não quero,
Que vos custou a criar.»
-«Dar-te-ei tanto dinheiro
Que não o possas contar.»
-« Não quero o vosso dinheiro
Pois vos custou a ganhar.»
-« Dou-te o meu cavalo branco,
Que nunca houve outro igual.»
-«Guardai o vosso cavalo,
Que vos custou a ensinar.»
-«Dar-te-ei a nau Catrineta,
Que a não sei navegar.»
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