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terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Duas mortes culturalmente relevantes
Esta semana teve um início culturalmente marcado por dois desaparecimentos. O primeiro, no dia 11 de Janeiro, foi a morte do cineasta francês Éric Rohmer, o "cineasta da palavra" como se lhe chamou. Morreu com 89 anos, em Paris, ficando para a história do cinema como um dos principais nomes da nouvelle vague. Começou por colaborar com Jean-Luc Godard, mas depressa ganhou autonomia criativa e deixa-nos obras incontornáveis como O joelho de Claire, Seis contos morais, o impressionante A inglesa e o duque (pela reconstituição histórica dos cenários e das relações pessoais) e o mais recente Os amores de Astréa e Celadon (adaptação de uma obra literária com mais de dois séculos).
O segundo desaparecimento passaria mais despercebido nos meandros da cultura se não se tratasse da morte da mulher a quem devemos a divulgação dos escritos de Anne Frank. Miep Gies, funcionária de Otto Frank, pai de Anne, ajudou a família a esconder-se em Amsterdão durante a II Guerra e cuidou do seu abastecimento até que todos foram levados para um campo de concentração. Foi ela que descobriu o diário íntimo de Anne Frank e, no final da guerra, o devolveu a Otto Frank, garantindo assim a preservação de um dos testemunhos mais valiosos do sofrimento humano no século XX. Morreu hoje em Amsterdão, com 100 anos.
Podem encontrar aqui alguma informação sobre o trabalho cinematográfico de Éric Rohmer. E, já agora, a notícia da morte de Miep Gies aqui.
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